O Reiki e sua verdadeira história

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O Reiki e sua verdadeira história

 

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO REIKI


 

O Reiki e sua verdadeira história

As raízes teóricas do Reiki fundamentam-se em uma rica mistura do Budismo Mikkyo, do Qigong chinês e do Xintoísmo japonês e sua beleza reside em múltiplos aspectos. O Reiki não é semelhante à arte de curar no nível físico e psicológico, pois não afeta apenas o corpo físico, vai muito além dele, abrangendo os corpos emocional, mental e espiritual. A cura é apenas um aspecto importante do trabalho com o Reiki na relação cura/doença. 

Cura, trabalho com energia, terapia e assim por diante são apenas atributos com os quais revestimos o Reiki, de modo a torná-lo mais fácil de entender e de ser aprendido pela mente racional. 

Um artista aprenderá a transformar a energia em arte com mais facilidade, um homem de negócios transformará o Reiki em dinheiro, um cozinheiro criará pratos carregados de energia e um religioso será um melhor religioso. Um mestre na arte de viver transformará o Reiki em prazer de estar vivo. O Reiki é um caminho de humanização. Embora estejamos na Terra como humanos, esse estado é apenas um potencial e, nesta vida, nos é permitido lutar por sua realização. 

Através do Reiki podemos unir Céu e Terra. Ele é nossa raiz energética aqui na Terra, e quanto mais enraizados estivermos, mais alto nossa coroa se estenderá em direção ao Céu. 

O Reiki é um sistema de autoajuda perfeito, que se ajusta àquele que o usa e não requer intermediários, independentemente de você ser um iniciante no mundo espiritual, um intelectual calejado, um estudante de yoga que enfatiza o corpo, uma dona de casa ou um devoto. Ele nos põe de novo em contato com a energia 

vital há muito esquecida, mas que a tudo permeia, e nos ensina como amar a nós mesmos novamente. Ajuda-nos a cruzar o vão aberto pelo homem entre nossos semelhantes humanos e a natureza, para que assim possamos viver de novo em harmonia. 

Para alguns, o Reiki é uma das muitas formas de atividade física; para outros, é uma arte de cura alternativa da Nova Era; e para outros ainda, é uma técnica de meditação. Tudo depende do ponto de vista de quem o pratica.


A versão de Hawayo Takata 
Atualmente existem centenas de livros sobre Reiki e a maioria deles apresenta como a história do Reiki aquilo que Takata contou. A pergunta é porque todos os autores repetem a mesma história, uma vez que ela não está avalizada pelos fatos. Isto se deve, em parte, a que muitos desses livros surgiram antes que os fatos verdadeiros fossem conhecidos. Por outro lado, ninguém se preocupou em investigar a veracidade da história. Por exemplo, segundo Takata, Dr. Usui foi Presidente da Universidade de Doshida em Kyoto e, em lugar de simplesmente considerar como certa esta afirmação, qualquer autor poderia ter contatado sem dificuldade a Universidade para comprovar a informação.

À medida que alguns estudiosos investigaram a história de Hawayo Takata, foi ficando cada vez mais claro que ela estava cheia de erros e contradições e, já que sua versão se incorporou a tantas publicações, é importante que aqueles que a conheceram e que a transmitiram a seus alunos, considerem os aspectos comprovadamente falsos e, em seu lugar, dêem a eles informações corretas. Dessa maneira se obtém uma versão mais precisa da história e se compreende melhor o modo como influiu o testemunho de Takata na prática do Reiki no Ocidente.

Takata afirmava ser a única Mestra de Reiki do mundo, uma vez que todos os outros no Japão haviam morrido durante a guerra. Todos os folhetos de anúncio de seus cursos são prova de que ela agia assim. Hoje se sabe que, no Japão, os professores de Reiki continuaram ensinando tanto antes quanto depois da guerra. No Japão continua-se a praticar Reiki e a sociedade fundada pelo Dr. Usui, a Usui Reiki Ryoho Gakkai, em Tóquio, continua sendo sua representação institucional. O Sr. Kanichi Taketomi foi presidente dessa organização durante a guerra, permanecendo nesse cargo até sua morte em 1960.

Takata considerava que o Reiki tinha uma tradição transmitida oralmente e, portanto, seus alunos não recebiam material escrito e não podiam fazer anotações ou gravações. Esta regra foi estritamente observada e transmitida a todos os Mestres formados por ela como parte essencial do método Usui de Reiki. Isso talvez explique porque a formação em Reiki através dos Mestres de Takata teve um alcance tão limitado.

Hoje sabemos que o Reiki, de nenhuma forma, é uma tradição de transmissão oral. Tanto o Dr. Usui quanto o Dr. Hayashi elaboraram notas que entregavam a seus alunos. Estão disponíveis exemplares de manuais que eles escreveram que contêm muitos e importantes exercícios e técnicas para o tratamento de doenças específicas.

Sabe-se com exatidão que Takata tinha o manual do Dr. Hayashi e que entregou cópias a alguns de seus alunos, mas sem documentação escrita e sem autorização para tomar notas ou fazer gravações ficava difícil aprender. Takata se considerava representante de Reiki segundo o Dr. Usui e garantia estar ensinando sem nenhuma modificação o método original. Graças a outros manuais, comprovou-se que muitos exercícios que o Dr. Usui havia ensinado foram ignorados.

Takata dizia ter aprendido Reiki no Japão em 1935 com o Dr. Hayashi. Foi comprovado que o Dr. Hayashi deixou a Usui Reiki Ryoho Gakkai e desenvolveu sua própria variedade de Reiki. Esta é diferente em muitos aspectos do que o Dr. Usui ensinou e do que ele aprendeu na Gakkai. Isto pode ter sido positivo em muitos sentidos, mas é claro que em virtude disso ele criou seu próprio estilo de Reiki, o que foi comprovado pelo nome de sua clínica, que era Instituto de Reiki Hayashi.

Os seguidores de Takata insistem que ela ensinava o Reiki segundo o Dr. Usui e por isso sentem-se no direito de considerar como “tradicional” sua forma de praticar Reiki, e de serem os únicos representantes do Reiki autêntico. Mas Takata não praticava o Reiki “tradicional”, ao contrário. Ela seguia o trabalho desenvolvido pelo Dr. Hayashi e, após a morte dele, continuou introduzindo modificações em seu método, deixando de lado, inclusive, muitos exercícios importantes do sistema Usui.

Outra das afirmações de Takata foi que o Dr. Usui era cristão. Segundo a Gakkai ele nunca foi cristão, mas sim budista. Esta informação se sustenta pelo fato de que ele está enterrado junto ao Templo Saioji, um templo budista. Além disso, segundo ainda Takata, o Dr. Usui terminou seus estudos e se graduou com o teólogo na Universidade de Chicago. O que, mais tarde, foi comprovado pela própria Universidade não ser verdade.

Takata é a única fonte que afirma que o Dr. Usui “redescobriu” o Reiki em um texto em sânscrito, em um sutra budista, em um templo Zen, mas a história contém muitas imprecisões, uma vez que em seu manual “Reiki Ryoho Hikkei” ele diz que o Reiki é absolutamente original e não pode ser comparado a nenhum outro caminho espiritual no mundo. Após a morte de Takata, Barbara Weber Ray se autodenominou Grã Mestra de Reiki. Segundo ela, Takata queria que ela assumisse a responsabilidade sobre o Reiki como Grã Mestra. Pouco depois apareceu outra mulher, Phyllis Furumoto, dizendo o mesmo. Em torno dessas duas pessoas se agruparam duas organizações diferentes de Reiki. Esse título de 

Grã Mestra nunca foi e nem é usado no Japão e só passou a ser usado no Ocidente após a morte de Takata.

A organização criada pelo Dr. Usui, a Usui Reiki Ryoho Gakkai, teve como seu primeiro presidente o próprio Dr. Usui que, logo depois de sua morte foi substituído pelo Sr. Juzaburo Ushida. O Dr. Hayashi nunca foi presidente da Gakkai e nem poderia ter sido, já que se desligou dela para criar seu próprio grupo. Logo, nenhum dos seguidores de Hayashi poderia ter sido presidente daquela organização.

Desta maneira pode-se ver que Takata nunca ensinou Reiki da mesma forma que o fazia o Dr. Usui e que tão pouco pertenceu à organização que ele havia fundado. Em razão disso, nenhum de seus discípulos pode avocar para si o título de representante do Sistema Usui de Reiki.